quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Viagem ao Quebec - Dia 03: Redpath Museum, Musée de Beaux Arts e McCord Museum

Esse dia era reservado a alguns museus. Começamos pelo Redpath Museum, museu pequeno, mas bem simpático, que fica em um dos prédios da Universidade McGill. Na verdade, a impressão que você tem é que o lugar virou um museu por acidente, como se tivessem começado a guardar as coisas ali até que alguém falou: "que tal a gente organizar isso aqui e transformar num museu?". Tem um pouco de tudo, de esqueletos de animais extintos a múmias egípcias, passando por uma grande coleção de pedras.


Deve ser obrigatório ter um desses em todo museu


Vento Cinzento. Ou será o Verão?


Que claustrofóbico ficar aí dentro...


O prédio possui laboratórios, salas de professores e pesquisadores e também de aulas. Enquanto estávamos lá, tinha uma aula rolando num auditório no fundo e também outra no último andar. Ah, e detalhe: até tem uma mesa lá com a caixinha pra você pagar a sua entrada, mas me pergunta se tem alguém pra receber? Ninguém. Colocamos nosso dinheiro na caixinha, assinamos o livro e pronto.

Mas não pagamos com isso aí não


De lá, fomos a pé até o Museu de Belas Artes de Montreal. Nos perdemos um pouco para achar o prédio da entrada, mas só porque cismamos que o prédio para o qual estávamos olhando era a entrada. Depois de gastar um tempo procurando algum indício que ajudasse, encontramos uma plaquinha que dizia "entrada  para todas as exposições pelo prédio do outro lado da rua". Aí caiu a ficha, olhamos para o outro lado e tá-dáááááááá! Tinha uma faixa enorme onde se lia o nome do museu e a singela palavra "entrée" hehehe.


Esse museu é simplesmente sensacional, ao menos para quem gosta de pinturas. Eu não sou nenhum especialista não, mas curto gastar um tempo vendo obras do tipo que vi aqui. A exposição permanente é gratuita, você só precisa deixar sua mochila no guarda-volume (que é gratuito também, mas você é convidado a "contribuir"), pegar um mapinha do prédio e pronto. Se você quiser ir ver alguma das exposições temporárias, aí tem que pagar. Mas, na boa, a não ser que seja algo que você queira muito ver, o acervo permanente vai te manter ocupado por MUITO tempo! No meu caso, acabou que voltei uma segunda vez, porque nesse dia aqui só consegui ver um dos prédios do museu. Ah, eles têm áudio-guia disponíveis, e o que achei interessante é que, além das explicações e curiosidades sobre determinadas obras, eles colocaram também trechos de músicas representativas dos períodos de cara pintura (barroco, renascimento, etc). É bem legal, mas fique de olho na indicação da duração do áudio: vi faixas que chegam a 15 minutos, então, a não ser que você esteja bem de boa em relação a tempo, o áudio-guia pode te prender muito.
Siga as plaquinhas com "entrada"


Olha a luz dessa tela


E você ainda pode sentar e contemplar. Chique nos úrtimo!


Depois, de perna já doendo de tanto ficar em pé vendo pintura, ainda tivemos ânimo de encarar o McCord Museum. Esse foi um tanto decepcionante: a única exposição que me interessou - e com ressalvas - foi uma dedicada às vestimentas das Premières Nations. Foi interessante ver a maneira que eles encontraram para se proteger do frio e as influências que sofreram quando os europeus deram as caras. No mais, havia uma exposição com objetos de várias épocas de Montreal (mas pequena), e uma outra de fotos aéreas da cidade, que não me atiçou.

Depois de um tanto decepcionados, fomos à Place des Arts. Não entramos em nada lá, mas é um complexo de galerias, teatros e casas de shows. O lugar em si é muito legal, uma praça mesmo, espaçosa, com os prédios ligados uns aos outros por caminhos internos. Super limpo o lugar, no geral, mas daí lembre de ver perto dos bancos, e lá estavam as bitucas de cigarro ao redor de cada banquinho. Mas, comparada à limpeza do resto, essa falta de exemplo de algumas pessoas não chegou a abalar a minha convicção de que a cidade é realmente limpa.

Place des Arts no fim do dia

Com direito a show de luzes!

E dá-lhe luzes!


Esperamos o sol se por e resolvemos explorar a rua Sainte-Catherine mais para o norte. Gente, eu não sei como é além do ponto que eu fui (cheguei na altura da entrada para Chinatown, para aqueles que moram em Montreal ou já conhecem), mas, embora a Sainte-Catherine em si seja cheia de luzes, restaurantes, lojas e pessoas, as transversais vão ficando bizarras à medida que a gente segue para o norte. Em determinado momento, resolvemos entrar numa rua para ver como era a René-Levesque naquela parte e deparamos com uma velhinha comprando um pacotinho de um cidadão lá. Velhinha mesmo, cabelos brancos e tudo mais. Ela passou o dinheiro com uma das mãos, ele recebeu, passou o pacotinho com a outra mão, ela recebeu e saiu andando. Mais para a frente, havia uma praça pequena, quase sem iluminação, com pessoas aparentemente "chupando" drogas, como falava a tia de uma amiga minha. De repente, perdi o interesse de ver o que mais aquelas bandas tinham a oferecer hehehe. Chegamos na René-Levesque e voltamos andando.

Depois de ficarmos de pé o dia inteiro, passamos numa Pharmaprix da vida e compramos comida para fazer/esquentar no hotel. Se tem uma coisa que dá pra constatar rapidinho nos supermercados é que as "besteiras" (salgadinhos chips, balas, chocolates, etc) são MUITO baratas! Você consegue comprar muita porcaria com CAN$ 5. Já um sanduíche natural (do tipo pão, queijo, presunto, salada ou daqueles com pasta de atum, frango, etc) sai entre CAN$ 3 e 4 na maioria das vezes. Suco também fica nessa faixa, e água mineral (se você não quiser abastecer sua garrafinha na torneira do hotel ou nos bebedouros espalhados pela cidade) você encontra de CAN$ 0,79 a 4,00. Então, se você é do tipo que também vai ao supermercado quando está explorando cidades nas férias, isso pode dar uma noção de preços.

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