terça-feira, 5 de novembro de 2013

Viagem ao Québec - Dia 06: De Trem para Québec

Acordamos um pouco mais tarde, e nos demos a esse "luxo" porque só teríamos de fazer o check-out e ir para a estação pegar o trem para Québec. Foi tudo tranquilo, só a recepcionista que fez o nosso check-out que não foi tão agradável quanto a que nos recebeu. Mas sem traumas.

Fomos com nossas mochilas a pé mesmo para a Gare Centrale e lá dentro tivemos de andar um pouco para nos situarmos. Mas é tudo bem tranquilo, depois que você está lá: nossas passagens (que compramos pelo site da VIA Rail pouco antes de viajarmos de fato) estavam nos nossos celulares e isso facilitou um tanto. Localizamos o nosso portão (que, na verdade, é uma escada que desce) e ficamos aguardando nosso trem, que saía às 9:00 hs. Logo a fila começou a se formar e uma fiscal passou com um leitor para verificar os bilhetes. Você pode levar impresso ou no celular, como nós fizemos. Depois de algum tempo dessa conferência, liberaram a escada e lá fomos nós.

Os trens são confortáveis e alguns possuem wi-fi. Não há lanche a bordo (pelo menos, não nessa viagem de Montreal a Quebec), mas eles passam vendendo bebidas. Contudo, você pode levar um lanchinho comprado fora, e foi o que nós fizemos. Foi tranquilo, deu pra contemplar a paisagem, conversar sobre as impressões que Montreal havia nos deixado nessa primeira parte e atualizar as anotações.

O trem chegou só um pouquinho depois das três horas previstas. E a sensação que tive foi a de estar realmente desembarcando em uma cidade do interior. A arquitetura da estação, para começar, é linda, e o prédio realmente merece umas fotos. Quando você deixa a estação, dá numa pracinha, e foi onde nós sentamos para contemplar um pouco o lugar - e dar tempo para que pudéssemos ir para o albergue fazer o check-in.





Escolhemos o Albergue da Juventude (HI Hostel) de Québec para essa parte da viagem. Ele está praticamente no meio da área turística da cidade. Saindo da estação, você vai em frente, subindo, subindo, subindo (e graças aos céus que estávamos só com mochilas) e acaba passando por ruas cheias de lojas para turistas. Foi tranquilo achar o albergue e fomos bem recebidos. O quarto em que ficamos era bom, exceto pelo wi-fi, que não pegava com a porta fechada de jeito nenhum. Quando precisávamos usar o wi-fi (basicamente, avisar a família que ainda estávamos vivos), tínhamos de sair do quarto e às vezes descer até a recepção. Mas o quarto tem espaço suficiente e é bem iluminado (a ventilação é que peca um pouco).

Meu amigo capotou depois da viagem, e eu aproveitei para ler um pouco sobre o lugar e fazer anotações. Quando ele levantou, saímos para fazer o primeiro reconhecimento. Ali naquela área é impressionante: parece que qualquer rua que você pegue dá no Château Frontenac! Enfim, passamos por ele (com as fotos obrigatórias) e andamos pelo terraço que tem ali, que é bem grandinho. Ficamos vendo o rio, a movimentação de turistas e o pôr do sol. Eu realmente curti esse lugar, tanto que sugeri ao meu amigo que voltássemos outras vezes ali nos dias seguintes, sempre que possível, antes de voltar ao albergue.








Antes de encerrarmos o dia, resolvemos ir comer em algum lugar ali na área turística mesmo. Eram por volta de 9:30 hs da noite, e já havia bem pouca gente na rua. Nem dava pra dizer que era por causa do frio porque, bem, estava fazendo 13ºC e eu não chamo isso de frio. Escolhemos um restaurante e quem nos atendeu foi uma senhora que, por alguma razão, coloquei na cabeça que era a dona. Ela veio nos atender em inglês (!), mas eu respondi em francês e disse que precisava praticar. Ela disse que ela também precisava :P O atendimento foi legal e a comida foi boa, só que... notei uma pressa no atendimento. Logo ficou claro: deu 10 horas, tudo ali por perto começou a fechar. Ou seja, mais um pouco, eu e meu amigo teríamos de nos aventurar por outras bandas para comer.

Em suma, o primeiro dia em Québec, embora não tenha sido nem um dia inteiro e não tenhamos visitado de fato nenhuma das atrações turísticas, me cativou pela aparente tranquilidade do lugar. Mesmo na área turística, não parecia haver gente demais. E, entendam, quando falo isso, acho realmente muito bom! Só Deus sabe o tanto que eu estou cansado de trombar com pessoas em São Paulo.

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